A falta de investimento em segurança e prevenção por parte das empresas faz vítimas fatais. De 2012 a 2017, foram registradas 14.412 mortes e 4,26 milhões de acidentes de trabalho. Os dados são do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT).
O número, no entanto, pode aumentar. Segundo o MPT, com estimativas da Organização Mundial do Trabalho (OIT), apenas um em cada sete acidentes são notificados.
Os servidores públicos estatutários, por exemplo, mesmo em licença médica ainda recebem os salários sem que seja obrigatória a notificação junto ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Os trabalhadores autônomos também só recebem auxílio se pagarem a Previdência Social. Como muitos não contribuem, nem sempre há notificações.
Prova de que as empresas negligenciam é que os acidentes poderiam ser evitados se houvesse maior organização no ambiente de trabalho e se a proteção coletiva estivesse na frente da produtividade. A situação se agrava com a aprovação da lei da terceirização e a reforma trabalhista.
Casos
Entre os acidentes registrados, a maioria, 636.411, ou 21,03%, foi por corte, laceração, ferida, contusão e punctura. Depois, surgem os acidentes com fratura, com 529.360 (17,05%), e por contusão e esmagamento na superfície, 476.281 (15,74%).
Fonte: Seeb Chapecó com Sindicato da Bahia