Os bancários rejeitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e vão entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir da próxima terça-feira (6). A decisão foi tomada ontem (1º), por unanimidade, em assembleia no Sindicato dos Bancários de Chapecó e Região.
A Fenaban propôs reajuste salarial de 6,5%, mais R$ 3 mil de abono. Para os bancários, essa proposta representa perda acima de 3%. A categoria quer reajuste de 14,78%, o que inclui a reposição da inflação mais 5% de aumento real.
Entre as reivindicações dos bancários, também estão o aumento no valor da Participação nos Lucros e Resultados (PLR); piso de R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho); melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral; fim das demissões e da rotatividade; mais contratações; combate à terceirização e Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários e igualdade de oportunidades.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Chapecó e Região, Luiz Angelo Coan, explica que a Campanha Nacional dos Bancários deste ano, que tem como slogan “Só a luta te garante”, marca a resistência da classe contra uma sequência de ataques aos bancários, que se agravou no último ano, com o fechamento de postos de trabalho – foram quase 7 mil vagas só no primeiro semestre de 2016 –, e o adoecimento físico e mental dos empregados, que aumentou cerca de 70%, segundo dados do INSS sobre afastamentos.
“Além da própria perda salarial proposta pela Fenaban, que não faz nenhum sentido frente ao lucro de quase R$ 30 bilhões dos principais bancos do país, só nos primeiros seis meses do ano”, afirma.
Segundo Coan, a categoria percebe com clareza uma piora na qualidade do atendimento prestada a população, em geral motivada especialmente pela redução nos postos de trabalho, pelo acúmulo de atividades e pela pressão na venda de produtos de maneira pouco sustentável. “Por isso a luta da categoria é uma luta de todos e, acima de tudo, um ato cívico de resistência frente ao setor que mais lucra no país. Vamos à luta, porque só a luta nos garante”.
Paralisação nacional
A mobilização dos bancários é nacional. Assim como em Chapecó, assembleias realizadas nesta quinta-feira, em todo o país, definiram pela paralisação da categoria. O Sindicato fará uma nova reunião com os bancários, na segunda-feira (5), para organizar o movimento.
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