Hoje, 20 de novembro, é o Dia da Consciência Negra, momento para a reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira, incluindo o trabalho nos bancos.
Os bancos também discriminam a população negra. De acordo com o II Censo da Diversidade, realizado esse ano, o número de bancários negros cresceu muito pouco. Eram 19% na primeira pesquisa, realizada em 2008, e agora são 24,7%. Em contrapartida, o Brasil é o país mais negro fora do continente africano.
O negro também sobre preconceito na hora de receber o salário. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que em 2013 o salário médio do trabalhador negro era, em média, 57,4% do rendimento da pessoa de cor branca. Em valores, a média salarial é de R$ 1.374,79 para os negros e R$ 2.396,74 para os brancos.
Desde a colonização do país, em 1500, a população negra sofre. Foram quase quatro séculos de escravidão. A Lei Áurea, de 13 de maio de 1888, não acabou com a escravidão e muito menos com o preconceito, que em pleno século 21 está ainda entranhado em grande parte da população.
O 20 de novembro
A data de 20 de novembro é justamente uma oposição à comemoração do 13 de maio, data da assinatura da Lei Áurea. Este dia marca a história oficial da libertação dos escravos, como se uma simples assinatura da princesa Isabel resolvesse todos os problemas. Em 1888 os escravos foram libertados da escravidão, mas não tinham nenhum bem material, como terra para trabalhar ou casa para morar. Para muitos, a luta estava só começando.
Com o passar dos anos, preconceito foi ganhando novas formas e a população negra ainda luta pela liberdade e igualdade no espaço social, de poder e econômico.
Já o 20 de novembro foi escolhido como o dia da consciência negra por coincidir com a morte de Zumbi dos Palmares, o maior líder da luta contra a escravidão no Brasil. A data foi estabelecida pela Lei 12.519/11.
Fonte: Seeb Chapecó com Sindicato da Bahia
O monopólio das quatro maiores organizações financeiras do país (Banco do Brasil,...