A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se comprometeu em apresentar uma proposta global para as reivindicações da categoria nesta quarta-feira, dia 1º de agosto. Os bancários cobram a assinatura de um pré-acordo garantindo a ultratividade da CCT após 31 de agosto, quando acaba sua validade.
Embora tenha afirmado que só apresentaria a proposta na última rodada, nas quatro mesas realizadas até aqui, a Fenaban não demonstrou vontade em atender as demandas. Por isso, a mobilização e unidade da categoria são fundamentais neste momento.
Assuntos importantes foram negligenciados, a exemplo da saúde. O Comando Nacional dos Bancários apresentou um relatório detalhado sobre o aumento das doenças na categoria, sobretudo de cunho psicológico. Para se ter ideia, 21,2% dos afastamentos na categoria são decorrentes de transtornos depressivo recorrente, 18% por transtorno de ansiedade, 14,6% devido ao estresse e 17,1% por episódios depressivos.
O emprego bancário também não está garantido. Os bancos não quiseram assumir o compromisso de manter a contratação por meio formal, ou seja, com carteira assinada, dando indícios de que podem terceirizar. Sobre as demissões sem justa causa, nada de novo.
Empresas podem atender demandas
Os bancos podem valorizar seus empregados, pois têm lucros cada vez maiores, mesmo na crise. Em 2017, os cinco maiores (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa) lucraram, juntos, R$ 77,4 bilhões, crescimento de 33,5% em relação a 2016. Só no primeiro trimestre deste ano, os mesmos cinco já atingiram R$ 20,6 bi em lucro, 20,4% a mais do que no mesmo período de 2017.
Só no primeiro semestre deste ano, o Santander lucrou R$ 5,9 bilhões, o Bradesco R$ 10,2 bilhões e o Itaú R$ 12,79 bilhões.
Fonte: Seeb Chapecó com Sindicato da Bahia
Infográfico: Sindicato de São Paulo
Após uma série de debates e com a participação de bancários de todo o país, a 22ª...