A Caixa e o BNDES admitiram que, desde o início do ano, não consultam, na hora de fazer um empréstimo, a lista de empresas punidas administrativamente por serem flagradas com trabalhadores em condições análogas à escravidão
O BNDES alegou que a consulta não acontece mais para evitar “a paralisação das concessões de crédito na modalidade automática direta”, mas, sem detalhar como, informou que busca alternativas para não beneficiar empresas flagradas com trabalho análogo à escravidão.
Já a Caixa não justificou que busca alternativas e o Banco do Brasil não respondeu ao questionamento. No final de 2014, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, via liminar, a obrigatoriedade da consulta à “Lista Suja”, publicada no site do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A iniciativa foi instituída em 2003 e mantém o cadastro de todos os empregadores que tiveram comprovadas as denúncias de manter pessoas em trabalhos forçados, degradante e de jornada exaustiva.
Para integrar a “Lista Suja”, os empregadores já tiveram os processos transitados e julgados. Pagar as multas e ficar dois anos sem ser reincidente permite aos punidos deixar o cadastro.
Fonte: Seeb Chapecó com Sindicato da Bahia