Mais um banco vai enxugar o quadro de pessoal. O Bradesco vai abrir nesta segunda-feira (2) um novo Programa de Demissão Voluntária (PDV). O prazo de inscrição é até 16 de outubro. A empresa não informou a expectativa de adesões.
A iniciativa escancara uma realidade preocupante. As organizações financeiras encolhem cada vez mais as agências, colocando em risco o emprego bancário. Para se ter ideia, no início da década de 90, mais de 800 mil profissionais atuavam na área. Hoje, são menos de 500 mil. Desde 2012, foram cortados no setor 56 mil postos de trabalho.
Para disfarçar, as empresas utilizam os programas de demissão voluntária. Desta forma, podem reduzir significativamente o número de bancários sem chamar tanta atenção. No caso do Bradesco, o primeiro PDV teve a adesão de 7,5 mil funcionários.
Agora, segundo comunicado, estão aptos a aderir aqueles com mais de 20 anos de empresa, os que já estão aposentados ou em vias de se aposentar. A tecnologia é novamente utilizada como justificativa para os cortes.
Os bancos seguem uma tendência mundial preocupante. Estudo recente divulgado pela Universidade de Brasília (UnB) revela que cerca de 30 milhões de postos de trabalho com carteira assinada podem ser trocados pela tecnologia disponível até 2026, apenas no Brasil.
Atenção aos direitos
Quem se enquadrar nas regras para adesão ao PDV e estiver pensando em participar, deve ficar muito atento às regras e aos direitos oferecidos. Pelo comunicado, o funcionário receberá todas verbas rescisórias e incentivos especiais. São eles: a parcela única de 60% do salário fixo do mês, tendo como base setembro de 2019, por ano completo trabalhado, limitado a 12 salários. O plano de saúde e o plano odontológico serão mantidos por 18 meses. O Bradesco também vai pagar o valor equivalente a seis meses de vale-alimentação, usando como base setembro novamente.
Fonte: Seeb Chapecó com Sindicato da Bahia
O Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da Caixa foi assinado na noite da última...