Dirigentes da Federação dos Trabalhadores em Instituições Financeiras de Santa Catarina (Fetrafi-SC) e representantes dos sindicatos se reuniram em Florianópolis, na última semana, para uma reunião de planejamento. O presidente do Sindicato de Chapecó, Cesar Mazzolli e o diretor Isac Abrão estiveram presentes.
A mesa de trabalho foi conduzida pelo coordenador da Fetrafi-SC, Jacir Zimmer. Ele fez um balanço dos debates a partir da realidade estadual e nacional e destacou o papel dos sindicatos, os desafios do movimento sindical e as mudanças no sistema financeiro.
“Temos, no conjunto da sociedade brasileira, por um lado, a classe dominante, que detém o capital, os meios de produção e o poder das informações, e, por outro, os setores da classe trabalhadora. Nessa relação, o sindicato tem um papel muito importante. Desde 1940 existe uma legislação sindical que determina o funcionamento dos sindicatos desde a criação, o financiamento até a forma de organização dessas entidades. Neste momento, nos bastidores do governo e também no Congresso Nacional, está sendo levantada a possibilidade de mudanças nessa legislação. Isso nos preocupa. Se tivermos um sindicato forte, reconhecido, os trabalhadores estarão protegidos. Mas, se tivermos sindicatos enfraquecidos, os trabalhadores estarão desprotegidos. Isso se torna ainda mais importante se considerarmos as mudanças efetivadas nos últimos anos no Brasil”, afirmou Jacir.
O coordenador da Fetrafi reforçou que diante de um cenário de terceirização, mudança na legislação trabalhista e congelamento dos investimentos públicos, é um sindicato forte que vai agir em defesa da sociedade e dos trabalhadores. “Do lado do patrão, que é o lado do atual governo, o objetivo é contrário. Eles defendem a ‘mão invisível do mercado’ e que essa ‘mão invisível’ vai proteger o trabalhador. Sabemos historicamente que isso não é verdade. O mercado não protege a sociedade. O mercado não protege o trabalhador e nem mesmo os mais necessitados. O mercado visa atender somente o interesse dos ricos, de quem tem capital, dinheiro, patrimônio, e não o trabalhador. Nesse momento histórico temos a tarefa de fortalecer o nosso debate, esclarecer e mobilizar os trabalhadores”.
O movimento sindical de Santa Catarina está articulando uma audiência pública em defesa da soberania e das empresas públicas, prevista para acontecer em Florianópolis, e a intenção é trazer esses debates para os outros municípios, nas Câmaras de Vereadores.
Fonte: Seeb Chapecó com Fetrafi-SC