O grupo de trabalho (GT) da Promoção por Mérito, comissão paritária formada por representantes da Caixa e dos empregados, se reuniu novamente nesta terça-feira (4), em Brasília. No encontro, a representação dos trabalhadores apresentou uma contraproposta à feita pelo banco na última reunião.
Pela proposta da Caixa, só seriam promovidos os empregados que, no resultado da GDP (Gestão de Desempenho de Pessoas), estivessem classificados nos quadrantes “eficaz”, “superior” e “excepcional”. Se aplicada essa regra, 25% dos trabalhadores, em alguns segmentos, ficariam com zero delta.
Na reunião desta terça-feira, a Caixa se manteve intransigente na decisão de utilizar o “nine box”, uma matriz de desempenho e potencial, da GDP como critério para a promoção por mérito deste ano, cujos resultados serão aplicados em janeiro de 2020.
Os representantes dos empregados deixaram claro que a proposta apresentada pelos empregados levou em conta a construção feita desde 2008 nas Comissões Paritárias com a Caixa, e previa a aplicação de critérios como frequência, realização de cursos da Universidade Caixa e de iniciativa pessoal, realização do PCMSO, assinatura dos termos de compromisso, e avaliação 360 graus. Os empregados seriam pontuados de acordo com o desempenho nestes critérios, e, atingindo determinada pontuação, conquistariam os deltas.
GDP
O modelo de avaliação da “meritocracia” adotado pela Caixa é extremamente problemático. Na chamada “avaliação de estilo”, por exemplo, o peso da opinião da chefia representa de 54 a 67% da nota final do empregado, tendo poder decisivo no resultado final. A GDP estabelece também acordos individuais de resultados entre o empregado e a chefia, expondo, portanto, o trabalhador.
Outro ponto negativo é que o resultado das unidades sofre com as sucessivas alterações nas metas feitas pela empresa ao longo do ano.
Como a contraproposta dos empregados foi rechaçada pela empresa nesta rodada de conversa e, diante do impasse, o GT remeterá à CEE/Caixa o debate sobre a questão.
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