O lucro líquido contábil da Caixa no primeiro trimestre deste ano foi de R$ 3,05 bilhões. O valor caiu 22,2% ante o mesmo período de 2019. Porém, outro valor cresceu. O lucro líquido operacional foi de R$ 3,9 bilhões, elevação de 4% em relação aos três primeiros meses do ano passado.
Em doze meses, o banco fechou 713 postos de trabalho (apesar do acréscimo de 47 postos na comparação com o último trimestre de 2019), três agências, 29 postos de atendimento (PAs), 44 casas lotéricas e 75 correspondentes Caixa Aqui. Em contrapartida, registrou o incremento de 4,1 milhões de novos clientes no mesmo período. Em março deste ano, a Caixa contava com 84.113 empregados.
De acordo com relatório divulgado pela instituição financeira, a despesa com pessoal caiu 1,3% no período, resultado da diminuição de 3,2% dos custos com salários. Como o quadro de empregados da Caixa tem caído consideravelmente, a empresa enxuga os gastos com a remuneração.
A política de cortes, parte do projeto de desmonte do único banco 100% do país, reflete negativamente no atendimento nas agências. Cenário exposto com a pandemia causada pela Covid-19. As unidades da Caixa estão superlotadas e, além dos riscos de contágio à doença, os empregados trabalham extremamente sobrecarregados.
A carteira de crédito amplo da Caixa apresentou ligeira expansão (0,9%) na comparação trimestral, e crescimento de 2%, em doze meses, totalizando R$ 699,6 bilhões. Já a carteira comercial Pessoa Física cresceu 1,8% em doze meses, totalizando R$ 82,6 bilhões. A carteira comercial Pessoa Jurídica apresentou queda de 17,1% no período, somando R$ 38,7 bilhões.
Com saldo de R$ 470,4 bilhões no trimestre e participação de 67,2% na composição do crédito total, o crédito imobiliário cresceu 1,1%, no trimestre, e 5,2%, em doze meses. Já a carteira de infraestrutura teve ligeira alta de 0,8% na comparação trimestral, e 1,2%, em doze meses, totalizando R$ 84,7 bilhões. A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 3,14%, com variação de 0,67 ponto percentual.
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