Os bancos brasileiros continuam imunes a crises e desaceleração na economia. Se cai a procura por crédito, vendem mais serviços; se algumas linhas apresentam inadimplência alta, se voltam para outras menos arriscadas; se o juro sobe, ganham aplicando em títulos do governo. E seguem cortando custos.
No primeiro trimestre deste ano não foi diferente dos últimos: enquanto muitas empresas apresentam prejuízos ou forte desaceleração dos ganhos, o lucro líquido dos três maiores bancos privados brasileiros – Itaú, Bradesco e Santander – somou R$ 11,6 bilhões. O montante é 24,9% maior do que o obtido no mesmo trimestre de 2014.
Os bancos ainda contaram com a ajuda da variação cambial no primeiro trimestre, o que gerou crédito tributário – o caso do Itaú foi o mais notável, com uma ativação de R$ 6 bilhões que gerou R$ 2,7 bilhões de imposto a restituir. Não fosse isso, portanto, o lucro líquido do Itaú teria sido de R$ 3 bilhões. Bradesco e Santander fizeram o mesmo, ainda que em menores proporções.
A rentabilidade também subiu nos três bancos. A do Santander continua a menor, mesmo sendo a que mais evoluiu em 12 meses (de 11,2% para 12,8%). O banco reconhece que tem muito capital e que, por isso, para fazê-lo render é preciso aumentar os ativos. Não é por outra razão que o banco está na disputa pela compra do HSBC no Brasil, segundo fontes que preferem não se identificar. A rentabilidade do Itaú permaneceu imbatível em elevados 24,2% mas o Bradesco não fica muito atrás, com 22,4%.
Fonte: Seeb Chapecó
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