Fim do fator previdenciário, redução da jornada, Reforma Agrária, foram apenas algumas das bandeiras defendidas pelos trabalhadores na 8ª Marcha da Classe Trabalhadora na manhã desta quarta-feira (09), em São Paulo.
Cerca de 40 mil trabalhadores e trabalhadoras, rurais e urbanos, de diversas categorias e estados tingiram com as cores das centrais sindicais (CTB, CUT, CGTB, NCST, FS e UGT) as ruas do centro da cidade e marcharam da Praça da Sé, até a Avenida Paulista, no Vão Livre do Masp.
“Essa Marcha mostra o descontentamento das centrais com o tratamento que vem sendo dado às reivindicações entregues ao Congresso Nacional e para presidenta Dilma Rousseff. Não é porque apoiamos esse governo que vamos deixar de cobrar, principalmente, durante as eleições”, defendeu Wagner Gomes, secretário-geral da CTB.
Em uníssono, os presidentes das centrais deixaram claro que na concepção do movimento sindical, a presidenta Dilma Rousseff, tem colocado os interesses dos trabalhadores em segundo plano, quando prioriza uma política econômica conservadora, em detrimento da pauta trabalhista.
“Desde a realização da Conclat, em junho de 2010, quando entregamos a Agenda da Classe Trabalhadora ao governo, temos insistido a todo instante que o governo acene com uma possibilidade de atender nossa pauta. Mas infelizmente, enquanto o mercado pressiona governo que adota a política de elevação da taxa de juros, do cambio flutuante, os banqueiros vão acumulando mais riquezas, enquanto os trabalhadores vão se frustrando ao ver que sua pauta não é atendida”, ressaltou Araújo.
As centrais sindicais pretendem pressionar o governo a dar prioridade às reivindicações trabalhistas. “O governo só tem a ganhar ao dirigir um olhar especial para a classe trabalhadora porque nós vamos lutar para evitar o retrocesso da tomada de poder pela direita e garantir a quarta vitória do povo brasileiro”.
Alguns dos grandes problemas da classe trabalhadora brasileira são a elevada rotatividade da mão de obra, o alto índice de doenças ocupacionais e em consequência o óbito. Neste sentido, uma das reivindicações é a ratificação da Convenção 158, que para ele é a forma mais eficaz de combater a rotatividade.
Fonte: Seeb Chapecó com Cinthia Ribas – Portal CTB
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