O Banco do Brasil anunciou nesta segunda-feira (11) uma nova reestruturação, sem qualquer negociação com as entidades representativas dos funcionários. Estão nos planos desativar 361 unidades, sendo 112 agências, sete escritórios e 242 postos de atendimento, transformar 243 agências em postos de atendimento, e converter 145 unidades de negócios em lojas BB, sem guichês de caixa. Uma manobra que a direção do banco chama de “reorganização da rede de atendimento” e “otimização de estrutura” para se adequar ao novo perfil de clientes.
De acordo com o vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores do banco, Carlos José da Costa André, a intenção é economizar R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025.
Além dos cortes na estrutura, o banco também quer enxugar o quadro de funcionários lançando dois programas de desligamento voluntário. O Programa de Adequação de Quadros (PAQ) e o Programa de Desligamento Extraordinário (PDE) têm o objetivo de desligar 5 mil funcionários. O plano de desmonte do Banco do Brasil pretende ainda retirar funções como a de caixa, sucateando mais ainda o atendimento nas agências.
Os sindicatos exigem explicações sobre o fechamento das unidades e sobre os programas de desligamento. O banco precisa prestar esclarecimentos em relação aos funcionários que serão atingidos. É inadmissível que medidas que geram tantos impactos sequer sejam discutidas previamente com os bancários e movimento sindical. “É mais um ataque ao funcionalismo. O banco se aproveita do início do ano, com colegas de férias e a categoria desmobilizada por conta da necessidade de distanciamento social que o momento exige, para promover medidas que, de fato, prejudicam os funcionários do BB”, afirmou o diretor de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Chapecó e Região, Sebastião Araujo.
Fonte: Seeb Chapecó