O Brasil parou na última sexta-feira (28), contra a terceirização, a reforma trabalhista e a reforma da Previdência. Bancários, professores, metalúrgicos e outras categorias cruzaram os braços em repúdio à agenda de retrocessos imposta pelo governo, no que foi considerada a maior greve geral dos últimos 30 anos. Escolas também ficaram fechadas. A estimativa do movimento sindical é de que 40 milhões de pessoas aderiram à paralisação.
A participação dos bancários, em mais um momento decisivo para a classe trabalhadora brasileira, foi em peso. Em Chapecó, as agências do centro fecharam as portas, e, pela manhã, os bancários se uniram às outras categorias na caminhada pela avenida Getúlio Vargas. O Sindicato também entregou cartas abertas à população.
A paciência dos trabalhadores chegou ao limite e a rejeição ao governo de Michel Temer – que chega a 90% da população, segundo a pesquisa CUT/Vox Populi – ficou mais evidente do que nunca.
A baixa repercussão na grande mídia não foi capaz de ofuscar a dimensão da greve nacional. Em sua coluna, no domingo após a greve, a ombudsman (jornalista que realiza a crítica interna do jornal e dos meios de comunicação) da Folha de São Paulo, Paula Cesarino Costa, comentou que “Na sexta-feira, o bom jornalismo aderiu à greve geral. Não compareceu para trabalhar”. Ela criticou a cobertura rasa da imprensa e afirmou que “a mídia precisa se qualificar para esse tipo de cobertura (…) de altíssimo interesse do público leitor”.
Resistência
Agora, os próximos passos dos movimentos social e sindical irão depender da reação do Congresso Nacional à greve. A insistência em aprovar as reformas trabalhista e previdenciária é grande, mesmo que isso signifique dar às costas à maioria da população. Caso as reformas passem, novas mobilizações e greves poderão ser convocadas, em resistência à retirada de direitos.
Fonte: Seeb Chapecó
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